domingo, 17 de fevereiro de 2013

A Atividade de Inteligência e o Brasil


Poucos sabem a verdadeira importância que a atividade de Inteligência tem para o País, outrora chamada no Brasil de Atividade de Informações. Trata-se de uma atividade científica, nobre, séria e por demais útil para todos os segmentos da sociedade e que atua em todos os campos de expressão do Poder Nacional.  

Gosto de publicar artigos sobre a importância da Atividade de Inteligência, que hoje é desenvolvida pela ABIN (Agência Brasileira de Inteligência). A Inteligência quase sempre é atingida de forma grotesca e ignorante por pessoas que nada sabem da Atividade e de sua nobre missão ou que propositadamente desejam denegrir sua imagem e sem o menor interesse que suas ações tenham efeito, deixando-lhes um campo fértil para a prática de ações ilícitas.   

O ex-presidente Collor de Mello cometeu um erro gravíssimo ao “extinguir” o SNI (Serviço Nacional de Informações) que era o órgão de cúpula do Sistema de Inteligência no Brasil. Em uma série de artigos o Portal Messejana deverá publicar detalhes sobre os acontecimentos que levaram a esta estupidez do Presidente Collor. Em primeiro lugar porque ele não extinguiu nada. O SNI apenas sofreu uma mudança de nome. Mas – é aí o ponto chave – o sistema possuía as Divisões se Segurança e Informações (DSI) e as Assessorias de Segurança e Informações (ASI) que funcionavam nos Ministérios, sob a supervisão técnica do SNI.

A iniciativa de Collor de Mello pode ter sido levada por uma desavença dele com um dos chefes do SNI, na época que antecedeu sua eleição, quando Collor pediu ao General um “dossiê” que o SNI teria sobre ele e o general não o recebeu nem para uma entrevista. Falta de tato do general e falta de conhecimento da atividade por parte de Collor, isto se levarmos no bom sentido, mas o se viu foi um excesso de escândalos no Governo Collor que levaram o Congresso Nacional a votar o “impeachment”, processo político que tira o presidente do poder.

Mas o que levaria e a quem favoreceria uma extinção do SNI e das DSI e ASI nos Ministérios? Ora, basta ter uma inteligência mediana para perceber que tais órgãos, extintos, a corrupção tomaria proporções enormes. E deu no que deu. Logo no governo Collor os primeiros escândalos que se sucedem até hoje e que começou com o caso do PC Farias. E nos governos seguintes a verdadeira enxurrada de escândalos que hoje terminam em demissões quase que em massa de ministros, todos acusados de desmandos.

Aqueles que elogiam a atitude da presidente Dilma Rousseff de agir prontamente no caso dos ministros se enganam um pouco. Porque quando se age depois que as denúncias se tornam públicas através da imprensa e já se transformaram em escândalos não é mérito. Simplesmente uma obrigação de quem governa. O mérito seria se a presidente descobrisse as falcatruas antes que elas extrapolassem. E que tudo não terminasse em enormes pizzas com a impunidade grassando sem parar.

A ABIN passou a trabalhar somente por sua própria conta e perdeu uma ajuda significativa das DSI e das ASI nos ministérios, favorecendo assim o desenvolvimento das falcatruas, a impunidade e a falta de receio ou mesmo a certeza de que ninguém está observando nada, ou seja, “podemos fazer algo ilegal que não vão nem perceber”... É lastimável.

E por que os políticos não falam nisso? Por que não cobram um retorno das DSI e das ASI nos ministérios? Ora, acham que eles desejam fiscalização? Propomos sim, aos cidadãos que raciocinam bem, que incentivem e cobram de seus representantes para um retorno das Divisões de Segurança e Informações (que hoje seriam Divisões de Segurança e Inteligência) em todos os Ministérios para por fim, ou no mínimo diminuir muito às negociatas e à corrupção generalizada.

4 comentários:

  1. Isso mesmo que você falou. Tais providências diminuiriam, com certeza, a corrupção. Valeu.

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    1. Prezado Jorys, nós sabemos como são difíceis essas coisas. Um abraço!

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  2. Nosso problema está na justiça. De As penas possuem cumpridas na integridade, A criminalidade desabaria para índice nunca lmaginados. A prisão em segundo estância é apenas um anestésico o necessário mesmo seria a prisão em primeira instância e que o preso poder se recorrer da sentença nas grades.
    Que tivéssemos cadeias decentes onde as penas de baixa periculosidade garantissem segurança para que pagar 100 por seus crimes da dívida conta. Simples assim.

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    1. Isso mesmo, Pedro Melo. Existem várias condicionantes a serem analisadas. Um abraço!

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