sábado, 25 de abril de 2020

Anjo da Guarda

Eu creio em um espírito guia que nos acompanha em todos os momentos. Sem querer interferir nas crenças religiosas de quem lê este texto, sinto isto através de experiências pelas quais passei e histórias verídicas que recebi e assimilei, as quais me fazem cada vez mais convicto da existência de nosso protetor. É o nosso amigo espiritual, nosso companheiro, que nos acompanha, a quem eu escolhi chamar de anjo de guarda. 

O meu anjo da guarda eu resolvi chamá-lo de João, simplesmente. No meu entendimento, creio que muitos de nossos antepassados estão em locais distintos (*). E nem sempre podem ouvir nossos eventuais pedidos ou orações. Então estabeleci um elo com meu anjo da guarda, de forma que a ele dirijo todas as minhas conversas e peço que na possibilidade de fazer contatos com os interessados, dependendo dos assuntos, ele possa fazer isso por mim. Acredito nisso e pronto. E acho que devemos fazer assim, sabem o motivo?

(*) “Na casa de meu Pai há muitas moradas” - Jesus disse isso ao confortar seus discípulos que estavam perturbados com a ideia de sua partida iminente. Este discurso está registrado em João 14:2.

Imagine que você está passando em uma rua ou em qualquer outro local e uma pessoa chama por seu nome! Imediatamente você olha para identificar o chamado e atendê-lo. Em outra situação: se você circula pelos mesmos locais e ninguém o chama, o que acontecerá? Nada! Você não pode atender porque simplesmente não ouviu e nem viu algum chamado, um aceno sequer... É assim também que acredito ser no mundo espiritual. Li, não lembro onde, que não deveríamos invocar nossos entes queridos diretamente em nossas orações, porque isso poderia interferir em sua paz. Não sei, não quero e nem posso julgar se isso procede. Só que acreditei nessa probabilidade. A mesma fonte dizia que nós deveríamos sempre orar e conversar com o nosso anjo da guarda. Neste momento o que ocorre? Se a nossa consciência está intimamente ligada e todos nossos pensamentos e atos são de conhecimento pleno de uma planilha divina superior, podemos dar a isso o nome que quisermos, mas é claro que as mensagens são captadas por alguma inteligência superior, que as destinará ou não a quem de direito.

Os avisos, os pressentimentos ou sonhos que eventualmente possamos ter ou sentir devem ser muito respeitados. E quando você acorda com a impressão de que algo de mal pode lhe acontecer, não deve se apavorar com isso, mas sim, de acordo com o nosso livre arbítrio, tomar mais cautelas, nos proteger e proteger aos nossos, de forma a ajudar no sentido de que aquele fato (do aviso ou pressentimento) não ocorra. Penso assim.

O meu saudoso pai dizia que em nossas orações poderíamos até pedir algo, em caso mais extremo, mas saber de antemão que o atendimento a nossas preces pode ser concedido ou não, de acordo com o nosso merecimento, talvez, ou conforme a sequência natural de nossa vida aqui na Terra. É um mistério que não somos capazes de penetrar e desvendar.

Deus existe. Mas somos nós que temos que proceder de forma a não incorrer nos descuidos, nos precaver contra possíveis acidentes, que por sinal não avisam quando vão acontecer.