quinta-feira, 9 de junho de 2022

Lembranças de meu pai Alberto Ribeiro da Silva

Imagem rara! Acho que a única, em que apareço cantando com meu pai. Achei essa fotografia hoje, dia 8 de junho de 2022, quando procurava algumas imagens em nosso acervo familiar. Nela eu apareço cantarolando uma canção ao lado de meu pai, Alberto Ribeiro da Silva. E fiquei muito feliz pelas lembranças que me retornaram em apenas alguns instantes. Já faz 21 anos que ele nos deixou fisicamente, no dia 5 de abril de 2001. Mas está sempre presente na memória de todos nós, da família.

Foi assim: estávamos em nossa casa de praia e eu tinha acabado de instalar um equipamento de karaokê, para diversão de todos. Seria mais um atrativo muito interessante para os finais de semana. E quando iniciei com algumas músicas, na listagem tinha uma canção que o meu pai Alberto Ribeiro gostava demais. Não lembro o nome da canção, mas tenho certeza que se for examinar o catálogo, que ainda mantenho eu poderei identificar a música facilmente. O fato marcante é que ele não se conteve. Gostava muito de assobiar as canções dos Beatles, como Penny Lane, YesterdayUnder My Thumb (Rolling Stones) e outras. Mas essa que ele resolver cantar um pouco era em português, bem suave. Uma linda música... E eu peguei o outro microfone e também me arrisquei um pouco cantando com ele. Certamente a Aliete nos viu e resolveu fotografar, porque nem lembrava mais desse instante feliz. 

Lembrei o nome da música agora! Catedral

https://www.youtube.com/watch?v=jYviJaDd4KY


Mestre Alberto, como era chamado por muitos de seus amigos, era um apreciador de músicas boas. Ouvia músicas clássicas de diversos compositores, apreciava cantorias (fizemos algumas em nossa casa, com cantadores famosos e amigos de nosso querido amigo Senhor Barreto, pai do Cesar Barreto. O papai tinha os discos de vinil de uma coleção dele, gostava dos baiões no estilo Luiz Gonzaga, mas poderia mudar repentinamente para Ray Coniff ou mesmo as músicas com os metais de Herb Alpert and Tijuana Brass, por exemplo. Enfim seu gosto era variado, mas muito bom. Mostrava e indicava algumas músicas, quando ouvia os ensaios do Conjunto Big Brasa, sugerindo seleções ou simplesmente dizendo que determinada música iria ser sucesso em nosso repertório.

Ultimamente tenho escrito muito a respeito de nossa família. Por consequência às vezes sonho muito, o que é incomum para mim. E nesses sonhos fico “escrevendo” histórias que se meu cérebro pudesse ter uma conexão com um pendrive seria maravilhoso. Interessante é que nesses emaranhados de memórias que me vêm algumas noites eu sei que estou sonhando. Mas mesmo assim digo (ainda no sonho) que não há problema, que quando acordar poderei recuperar tudo e passar para o computador. E ao acordar relembro muitas passagens. Penso em uma possibilidade das conexões espirituais, mas sempre como uma hipótese e não como assertiva propriamente. Saberemos algum dia, certamente!

João Ribeiro da Silva Neto