segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Sobrevivência na selva, ou em áreas inóspitas e prontos atendimentos

Sempre tive muita atração por assuntos ligados à natureza, ao ambientalismo, à ação de militares, principalmente aqueles não bélicas, que envolvem técnicas de sobrevivência, na selva ou em áreas inóspitas e atendimentos de emergência. Não sei a origem disso, o fato é desde criança achava interessante montar fortificações, brincar com soldados de plástico e realizar atendimentos com ambulâncias. Depois de minha juventude continuei assim. E nas oportunidades que tive, ainda na área de inteligência, participei de algumas palestras, vários treinamentos envolvendo pronto-socorrismo e combate a incêndios e, documentei em fotos dois cursos de sobrevivência em área inóspitas realizados pela empresa Zumbi Adventures. Sempre que vou a Manaus falo questão de visitar o Centro Integrado de Sobrevivência da Selva, do Exército Brasileiro (CIGS). 

Certa vez fui questionado, em tom de brincadeira, sobre a necessidade de levar um remédio (tipo passa já) para dor de dente... E eu respondi: quem sabe alguém pode precisar? E de fato um dos participantes do treinamento em selva passou a sentir dor de dente. E eu disse, sorrindo: “estás vendo? Tenho pelo menos um paliativo, par que você fique mais confortável e ao final dos três dias possa procurar seu dentista”. E o caso foi bem solucionado. Ficou certamente a lição para aquele participante. 

São muito importantes na vida de cada um os conhecimentos adquiridos nesses setores. E certamente podem influenciar de forma decisiva no salvamento de sua própria vida ou da vida de outras pessoas.

Tudo que você pode vivenciar em uma selva pude também realizar muitas vezes no sul do Maranhão, em companhia de amigos, quando fizemos vários acampamentos em mata fechada e nos deparamos com algumas dificuldades. Na selva a principal necessidade é um abrigo seguro, para os pernoites, o fogo e depois a água e os alimentos, nem sempre fáceis de conseguir. Os cuidados com os animais de grande porte e também com os que possuem veneno são essenciais. Saber que uma picada de cobra venenosa pode tirar a vida de uma pessoa em horas serve para dimensionar o grau de risco que essas atividades apresentam. A localização na selva é muito difícil, as referências também. A mata não possui placas indicativas e todo cuidado é pouco. E nos casos em que as pessoas estejam perdidas devem procurar sempre que possível deixar os vestígios de sua passagem e sinais para que o resgate as localize.

Levando as técnicas de selva para a vida na cidade restaram as manias e os “kits” básicos para quase tudo. Quando viajo sempre deixo um local na bagagem, no carro, especialmente para esses materiais. Lanternas, ferramentas básicas, um pedaço de arame, de fio, fita isolante, fósforos, reservatório de água, roupa limpa auxiliar, macacão de cor laranja para fácil identificação à distância e medicamentos essenciais para os primeiros socorros, gases, ataduras, esparadrapo, dentre vários outros componentes. Tendo espaço eu levo, para uma emergência. Algumas vezes isso foi bastante útil! Quem não gostaria de ter um remédio contra intoxicação de efeito quase imediato, em plena selva ou no meio de uma viagem?

Saber como se faz ampara um ferido em acidente, conhecer alguns princípios de atendimento e primeiros socorros, reconhecer sinais vitais pode significar o limite entre a vida e a morte de uma pessoa.

Você decide! É melhor contar com a sorte e nunca se preocupar com nada? Eu acho bem mais seguro levar tudo aquilo que possa ser útil, dentro de suas limitações de espaço, lógico. São muitos os conceitos sobre esses assuntos, mas se aprendermos os básicos já será de grande valia.

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