terça-feira, 13 de maio de 2014

Falta muito de cidadania e de comunidade. Quais serão os motivos?


Por que algumas pessoas, na maioria das vezes, apenas criticam e querem suas reivindicações atendidas mas não participam do processo?

Comecei a observar há algum tempo a diminuição dos atos que evidenciam a cidadania, por parte de nossa sociedade e também a falta ou quase desaparecimento das comunidades em si; talvez a tecnologia usada de forma excessiva, a certa ilusão que trazem as redes sociais, alguma coisa nesse sentido, mas não tenho ainda uma opinião formada sobre o assunto. Trago apenas alguns dados que talvez possam ajudar na reflexão sobre o assunto. Já escrevi anteriormente sobre o assunto na matéria "Comunidade, uma coisa do passado"? 

Por outro lado também é fácil notar que as pessoas não se preocupam mais com os conteúdos, não conseguem ler quase nada. O ato simplesmente de ver uma figura parece que é suficiente para sua participação, às vezes acompanhada de um “Curtir”, quando estão nas redes sociais.

Outro fenômeno que precisaria ser analisado por pessoas capacitadas é que, em meu entender, não existe um interesse em compartilhar uma ideia, apoiar, contribuir e verbos similares. O que se pode notar facilmente através das redes sociais é que muitos “curtem” as postagens dos amigos sem pelo menos saber de seu conteúdo. E alguns, que ainda conseguem ler essas postagens não expressam comentários, mesmo que contendo críticas, mas no sentido de que aquela ideia lida é boa, mas que poderia ser incrementada com tais coisas ou procedimentos.  

Para exemplificar bem o que é uma pessoa crítica em excesso, descrevo um fato real que aconteceu comigo há alguns anos: ao fazer uma reforma em um sítio que tínhamos na região serrana de Ubajara, colocamos tudo em ordem e no que diz respeito ao telhado, ficou completamente novo. Mais de oito mil telhas, todas alinhadas, uma beleza. E ao passar um nosso vizinho, conhecido na redondeza como crítico de tudo e de todos, parou, observou atentamente toda a cobertura da casa e, após uma “meditação”, com ares de engenheiro ou arquiteto, sei lá, disse, apontando com o dedo: “é, tem uma telha lá no final (mostrando o local) que é das velhas”... Ao que eu lhe respondi imediatamente à altura de sua observação: “sim, aquela é uma das velhas telhas que a pessoa que fez a coberta utilizou na parte debaixo, mas existem mais de oito mil telhas novas”... Ou seja, ele tinha reparado tudo apenas para descobrir uma pequena falha estética, que não prejudicava nada o serviço, mas não fez um comentário que pudesse servir de incentivo a nosso trabalho.

Em Messejana fatos desta natureza são comuns. Talvez isso seja mesmo da natureza do ser humano e ocorra em muitas localidades brasileiras, mas falo especificamente dos fatos que presencio aqui. Pois bem: ao publicar uma matéria intitulada “Messejana está muito distorcida na atualidade e pede socorro”, tratando de alguns aspectos negativos de Messejana, ao final do texto foram publicadas 120 fotografias ilustrativas dos problemas mencionados. Entretanto uma delas não era muito recente, pois apresentava uma velha casa que não existe mais (foi demolida e só resta um terreno baldio no local). Esta foi a única imagem notada, creiam. E no contexto geral em nada influenciava, porque todas as outras estavam perfeitamente atuais...

Por outro lado, como o Portal Messejana desde sua criação em 2005 se prontifica a ser um canal de interação entre a comunidade, oferecendo um Mural de Recados, um espaço Fala Cidadão, dentre outros oferecidos gratuitamente para as escolas em geral e os estudantes etc. “Participem de forma cidadã” foi o recado deixado, indicando o e-mail contato@portalmessejana.com.br para receber as solicitações, sugestões, pedidos de serviços para as autoridades etc.

Outro caso, sem mencionar nomes (por razões óbvias): um dia desses recebemos uma ligação de uma garota que, de forma até deselegante, cobrava uma reportagem sobre o avô dela, na coluna Personalidades do Portal Messejana. Como não conhecia a pessoa a quem ela se referia, orientamos que ela, como neta, nos informasse por e-mail ou pessoalmente, dados, fatos, biografia, fotos etc. para que pudéssemos compor tal matéria. E dissemos que era impossível alguém ou algum órgão produzir uma matéria sem o conhecimento, sem os fatos etc. etc. Ao que ela retrucou: está certo, “pois eu vou procurar e vou mandar”, como que diz: vocês estão pedindo e vão receber... Mas a pessoa no caso nunca mais entrou em contato e nem enviou nada para o Portal Messejana. Ou seja, ela soube COBRAR! Mas na hora de CONTRIBUIR se esquivou e sumiu, definitivamente. Vários casos semelhantes poderiam ser aqui mencionados.

Concluindo, sabemos que existem uma mentalidade POSITIVA e outra NEGATIVA (esta destrutiva, por seu lado). As pessoas em sua vida, no seu crescimento pessoal, podem tomar conhecimento das diferentes atitudes e optar pelo lado do Bem (ou não). Acreditamos piamente que as atitudes boas, positivas, agregam mais e refletem mais ações positivas e benéficas, gerando um crescimento do Bem, de uma forma geral. E que as atitudes negativas geram bloqueios de toda a ordem e dificultam as relações e interações pessoais. 

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