
O QUE É SAUDADE
Saudade, por exemplo, é o que eu sinto de meus pais, que já não estão mais conosco. Ela é constante, não vai acabar nunca até que eu me vá também para a longa viagem. Mas a saudade que sinto hoje é mais amena, não deixando de ser intensa. Sinto falta da presença de minha netinha Isabela, quando ela brinca comigo, apontando para o meu cabelo, fazendo as caretinhas de jacaré e outros tantos gestos legais.
O sentimento saudade está presente também com minha cidade natal, São José dos Campos, dos tempos de infância, de ir ao colégio de calças curtas e com muito frio, no Olímpio Catão. Ficava nas paradas de ônibus sozinho, assistia às aulas e voltava para a Vila Ema pela Esplanada. Hoje deve estar tudo muito diferente. A palavra é complicada e seus múltiplos significados mais ainda, até mesmo porque não há tradução para ela em alguns idiomas. E sobre a amizade?
A saudade aflora também quando me lembro dos tempos em que eu praticamente vivia a música! Dos ensaios, dos muitos bailes tocados, das guitarras que usei e dos acessórios, como os diversos tipos de pedais de efeito, das brincadeiras do grupo. Um período excepcionalmente marcante para mim.
AMIZADE E SEU SIGNIFICADO

No princípio há o que chamamos de empatia, que significa “a capacidade psicológica para sentir o que sentiria outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela”. A empatia é diferente da simpatia, porque a simpatia é majoritariamente uma resposta intelectual, enquanto a empatia é uma fusão emotiva.
Enquanto a simpatia indica uma vontade de estar na presença de outra pessoa e de agradá-la, a empatia faz brotar uma vontade de compreender e conhecer outra pessoa. Na amizade a pessoa se integra com a outra ou a outros grupos de forma espontânea e leal. Reconhece o que admite serem defeitos ou virtudes do semelhante, mas o acolhe de forma ímpar. Uma amizade verdadeira, na acepção legítima da palavra, é muito difícil, porque só a poderemos avaliar em momentos de necessidade ou de dificuldades.
E O AMOR?

Para não tentar explicar mais uma vez o inexplicável, é o seguinte: o amor existe, em diversas formas. Pode ser aplicado sem medo e usado como um remédio sem nenhuma contra-indicação. No momento em que você diz que ama algo ou alguém, não quer dizer especificamente que aquele espaço de “amor” esteja ocupado. Ele é reservado com mais ou menos características para casa ocasião. Ou seja, o amor é infinito é não pode ser apenas utilizado para expressar um sentimento de união de dois seres. Porque se assim fosse não poderíamos amar a Deus. Ou não?
Assim, da mesma forma que eu amo minha mulher, meus filhos, meus familiares, meus amigos mais próximos, posso amar até mesmo os amigos virtuais, com a modernidade hoje existente. E isso tudo de forma sincera. O desamor pode também ocorrer em todas essas situações. Comigo ocorre o seguinte: como o amor é uma forma de troca, de dádivas, de entrelaçamentos diversos, somente consigo amar a quem também me corresponde através das inúmeras maneiras descritas.
UM QUESTIONAMENTO FINAL:
E coloco um questionamento, talvez o mais difícil: o amor seria “eterno”? Pode ser que sim e pode ser que não, dependendo das nossas próprias situações de vida. Na natureza, como bem sabemos nada é eterno, tudo está sob constante processo de transformação. O amor “eterno” persistirá apenas espiritualmente, pois nesse estado os processos certamente são um mistério para nós e o amor pode perdurar. O tempo dirá e um dia saberemos as respostas.
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