Partindo de uma brincadeira que surgiu nas redes
sociais, lembrei de alguns fatos, locais, pessoas, desde que cheguei a
Messejana, em 1963. E relembro algumas passagens para os amigos e amigas. Eles não
estão em ordem cronológica e tem o objetivo apenas de avivar a memória de um
tempo muito bom! Seguem-se locais, atividades e pessoas que merecem um destaque
especial. Portanto é bom falar de Messejana, uma terra que me recebeu muito bem
e que pude curtir muito aquilo que eu não fazia em São José dos Campos - SP -
onde nasci, como jogar “bila” (bolinha de gude) em frente de casa, colocar
navios de papel nas enxurradas, perto das calçadas, jogar futebol com os
colegas, brincar de cowboy e muito mais, conforme veremos Que tempo bom!
BAZAR DA
FRANCISQUINHA LUCAS, perto da Praça da
Matriz, na Avenida Frei Cirilo, onde comprei muitas vezes baralhos e outras
utilidades. Ali trabalhava uma atendente muito prestativa (Mazé) e o Pedro
Jorge;
A GARAPEIRA - também na mesma pracinha existia uma garapeira
(não lembro o nome do dono), perto do local onde foi ponto do ônibus de
Messejana por algum tempo.
RODOVIA
BR-116 - apenas para os mais novos, vale dizer
que a avenida que passa em frente à Igreja de Messejana era a rodovia federal
“BR-116” naqueles tempos, passava por dentro de Messejana!
LAGOAS DE
MESSEJANA E DA PAUPINA
Tomei muito banho na Lagoa de Messejana, tendo
acesso pelo Balneário Clube de Messejana, onde em abril de 1967 estreou o
Conjunto Musical Big Brasa. Mas também na Lagoa da Paupina! Existia um pequeno
clube, de uma associação (FACIC) na entrada da lagoa da Paupina, que frequentávamos.
BALNEÁRIO CLUBE DE MESSEJANA
Fui sócio proprietário do Balneário Clube de
Messejana, frequentei o clube muitas vezes e depois passaria a tocar nele, com
o nosso Conjunto Big Brasa (inúmeras vezes). O Clube chegou a realizar grandes
festas com orquestras do sul do país, renomadas. As tertúlias e as matinais
também deixam saudade. Cheguei a tocamos até um carnaval no Balneário, com o
Conjunto Big Brasa, além das centenas de matinais e tertúlias e outras
comemorações. Vale lembrar o “Coquinho”,
um dos garçons gente muito boa que sempre atendia a nossa turma.
RADIOAMADORISMO – O “beco”, que hoje é uma rua muito movimentada, servia como ponto estratégico muito bom para os contatos locais e com outros países, através do radioamadorismo, por não ter interferências da rede de energia elétrica. Consegui falar com mais de 170 países nesta fase, além de participar da Rede de Emergência do Ceará, auxiliando os órgãos de segurança. Meu prefixo era PT7-JSN e PX7-10.245.
FUTEBOL DE BOTÃO - jogamos muito, com o Luís Peixoto (irmão das amigas e vizinhas Auristela e Auricélia), Pedro Sérgio e José Wellington, o Sérgio Alves e o Amaury Pontes. Eram partidas animadíssimas, nas quais nós mesmos ao jogar “irradiávamos” o jogo! Os campeonatos eram muito disputados. Ainda hoje tenho um time “Ceará” feito com capas de relógios, nas quais colávamos as fotografias dos jogadores retiradas dos “quadros” dos jornais.
O CONJUNTO BIG BRASA
O nosso Conjunto Musical Big Brasa estreou, com
sucesso, no Balneário Clube de Messejana, no dia 28 de abril de 1967, véspera
de meu aniversário. Vivemos todos os anos do conjunto, um período inesquecível!
O Conjunto Big Brasa completou 50 anos de fundado em abril de 2017. O grupo marcou
uma significativa presença na televisão cearense, em bailes e outras
apresentações em Fortaleza e pelo Nordeste.
Realizamos várias promoções musicais e bailes no
Recreio dos Funcionários, no Balneário de Messejana e no Tremendão;
O meu pai, Alberto Ribeiro da Silva (in memoriam)
também se envolveu muito por Messejana tendo sido diretor do Balneário por
algumas temporadas, além de ser o mentor do Conjunto Big Brasa;
AMIZADES DE INFÂNCIA
Faziam parte de nossa turma de amigos e amigas o Aderson
Alencar, Diony Maria Alencar, Fernando Hugo Colares, Cesar Barreto, Severino
Tavares, Roberto Tavares, David Lélis (in memoriam), Luiz Antonio Alencar (o
querido Peninha), Ruy Câmara, Dionísio Alencar, Zé Antônio, Luciano Vasconcelos,
Salomão Sales, Rita Porto, Aurélio Barroso, Lúcia Ribeiro, Vera Lucia Colares, Didico,
Everardo e Jamson Vasconcelos, “Titico” Benevides, Simone, Paulo Afonso, Célia
e Eudásio, Liduína Barroso, Yolanda, João Guilherme, Lucinha, Verônica, Auristela,
Auricélia e Socorro Peixoto, Fátima Oriá, Célia Alencar, Pedro Ricardo
Eleutério (meu amigo - in memoriam) Chico Zé Alencar, Martiniano Coutinho,
Penha Amorim, João Dummar Filho, Adalberto Lima, Carló (Carlomagno Lima (in
memoriam) Cida Alencar, Solinésio Alencar, Célio Freitas (in memoriam), Loló e
Raimundo José Vasconcelos, Antonio de Miranda Leitão, Chico Zé (do Valdir
Bento), Adriana Célia, Rosângela Almeida, Adriano e Rogério Almeida, Clodomir,
Fernando Hugo Colares, Edson Girão, Miguel Reinaldo, Luís Antonio Alencar e o
Luís Antonio Oriá (Dr. Oriá), que estudou comigo no Colégio Cearense, Inácio
Oriá, Pedro Sérgio Melo e José Wellington Freitas de Melo e muitos outros que a
memória talvez tenha deixado escapar momentaneamente.
O FUTEBOL EM MESSEJANA
Eram dois times principais, o Messejana Esporte
Clube e o Salgado da Gama. Cada um com seu estádio próprio. Nas tardes de
domingo era um das opções. Eu tive um pequeno time de futebol com amigos,
dentre eles o Pedro Sergio Melo e Jose Wellington de Freitas Melo. Jogamos
muito no Copacabana, no campinho, no Messejana e batemos bola no Campo do
Salgado. Conheci muito o Pinha (in memoriam), que jogou no Salgado da Gama e no
América Futebol Clube e em São Luís. Por vezes eu fazia ginástica no América
Futebol Clube, quando o Pinha jogava na agremiação. Com o jogador “Zé da
Senhora” eu aprendi afinar o meu violão, quando criança.
Às vezes também joguei bola no quintal da casa do
Fernando Hugo (que ficava ao lado do Banco do Brasil de hoje). Bons e saudosos
tempos. Bom destacar também as partidas de futebol de salão na URJA, sempre
disputadas.
Mais recentemente, através do Portal Messejana,
fiz uma entrevista com o Dodô, que jogou no Salgado da Gama e no Messejana
Esporte Clube.
O RESTAURANTE TREMENDÃO
Ficava às margens da Lagoa de Messejana era um
recanto muito agradável. Passou por muitas administrações. Frequentei o
Tremendão dezenas de vezes e realizei o lançamento de meu primeiro livro sobre
o Conjunto Big Brasa lá, em 1999, em uma festa muito animada da qual
participaram excelentes bandas locais, como Os Faraós, O Túnel do Tempo,
Remember Beatles, O Conjunto Big Brasa, com muitos componentes e Os Rataplans.
A FEIRA DE MESSEJANA
Frequentei e ainda vou de vez em quando à feira,
considerada uma das maiores do Ceará. Lá se encontra de tudo! Havia uma loja,
localizada na praça da feira, que era do Sr. Alfredinho. Muito boa e cheia de
utilidades. Era uma das melhores.
SERENATAS
Participamos muito de serenatas para nossas
colegas, uma época em que a tranquilidade reinava em Messejana e podíamos nos
divertir em paz. Fizemos muitas serenatas para as colegas de infância e
juventude.
A IGREJA, O PATAMAR e O PADRE PEREIRA
Joguei muito futebol no patamar da Igreja, à
noite, com os colegas. Diversão garantida. Em princípio ajudei algumas missas com
o Padre Pereira, mas desisti no dia que levei um “carão” dele certamente por
ter invertido uma das orações (eram em Latim e a gente conhecia apenas a
sequencia). Uma hora ele me disse: “Reza direito, menino” e me mandou para a
Sacristia.
O SEU ROCHA
É importante destacar que eu conheci muito o seu
Rocha, que era uma excelente pessoa e um farmacêutico que me ajudou muito em
minha infância e juventude. Messejana era longe de tudo e pessoas como ele ajudavam
a população local demais. Prestou inestimáveis serviços para a comunidade de
Messejana. E hoje em dia sou amigo dos filhos dele, em particular o Kildare
Rios, um excelente músico.
A CRISMALHAS
Conhecemos muito o Seu Vasconcelos (da CRISMALHAS
- quem lembra?). Pai do Luciano Ciano Vasconcelos, Jamson Vasconcelos e
Everardo Vasconcelos, todos bons amigos até hoje. Uma curiosidade: estava eu em
Manaus, na Zona Franca, quando ao fazer algumas comprar avistei uma camisa, em
um mostruário, que para mim era a mais bonita de todas. Pedi imediatamente para
o vendedor me mostrar. E ao examinar a bonita camisa notei a etiqueta, que
dizia “Crismalhas – Messejana – Fortaleza – Ceará”. Era uma das camisas que a
fábrica usava para exportação! Belíssima.
AS OFICINAS
Temos que destacar as oficinas do Faúna, que
ficava na BR-116, quase em frente ao Seminário Seráfico, local que passamos
muitas horas para consertar nossos jipes e outros transportes, no início. Havia
também a oficina do Zé Amarelim, como era chamado, que ficava perto do Porto do
Zé Serpa, embaixo de umas mangueiras. Ali trabalhava o mecânico “Maracanã”, que
naquele tempo, quando era chamado para consertar os nossos carros, dizia
antecipadamente, sorrindo: “pode comprar um condensador e um platinado”, sem
nem verificar o defeito... E todo mundo ria disso.
A DONA CHIQUINHA
Ela fazia nossas camisas e calças. E muito bem!
Ainda mora em Messejana. E a ela somos muito gratos.
O SEU CAPOTE
Era torneiro mecânico e de vez em quando
solicitado para os reparos nos motores e tubulações em nossos poços.
O “SEU ZÉ”
Andei muito de ônibus com o “Seu Zé” (Zé Bitu),
motorista calmo e gente boa, que nos levava ao Colégio Cearense todos os dias; a
turma dizia sempre para ele “tira o pé do freio, Seu Zé!”, porque ele dirigia
sempre com a velocidade normal e correta!
OUTRAS BRINCADEIRAS
- Montamos triciclos, com o Luciano Vasconcelos e
conheci um poço que dava vazão a gasolina por um período – (descobrimos o
mistério depois que era por conta de um vazamento da bomba de gasolina do pai
do Zé Antonio, da Panificadora Nogueira, cujo depósito teve uma avaria e
começou a vazar).
- Fazíamos, por pura brincadeira, umas passeatas
cantando e segurando velas, como se fosse alguma seita. O Luciano Vasconcelos
certamente lembra como eram. Normalmente iniciadas em frente da antiga casa
dele, na Frei Cirilo, até a pracinha da Igreja;
- Frequentei também algumas vezes o Zé Leão para
comer bifes com coca-cola;
- Jogava sinuca com colegas e amigos, inclusive o Sr.
Crispim (in memoriam), que era o dono da Farmácia) bem em frente onde é hoje a
farmácia principal da família; conheci também o Seu Neto (farmácia na
pracinha).
- Fui muitas vezes acampar na Abreulândia (era a
maior tranquilidade), passei finais de semana na COFECO, fui festas no clube de
lá também;
- O barzinho “SUBMARINO AMARELO”, na estrada do
fio onde nossa turma se encontrava muitas vezes antes de sair em nossos jipes
para passear!
COLÉGIO JOSÉ BARCELOS – O “TREM”
Estudei três anos no José Barcelos. Alguns dos
professores que lembro: Isolda (inglês), João Batista (Ciências), Sérgio
Benevides, Paulo Aguiar (Matemática), Zuleika Oriá, Bartolomeu Brandão dentre
outros. O Sindô (não sei a grafia se está certa) era o vigia e porteiro. A Dona
Célia Benevides foi uma das diretoras na época.
A MÁXI INFORMÁTICA
Montamos, mais à frente, a primeira Escola de
Informática de Messejana - a MÁXI INFORMÁTICA, que atendeu e formou mais de
dois mil alunos;
O PORTAL MESSEJANA
Criamos depois o Portal Messejana (um Instituto
Portal Messejana, com a finalidade de divulgar Fortaleza e o Ceará. Atualmente o
Instituto Portal Messejana é uma Associação sem fins lucrativos, reconhecida
pelo governo federal, estadual e municipal (uma OSCIP);
MESSEJANA, UMA TERRA QUE MUITO BEM NOS ACOLHEU
Um abraço aos amigos e amigas! E se Deus quiser
ainda faremos mais alguma coisa aqui pelo bom distrito de Messejana.
VERDADES E ASSINO EMBAIXO. quantas recordações depois das suas. Sem palavras amigo
ResponderExcluirSão 15h45min
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