Efetivamente não dá mais para suportar o que acontece neste país. E como muitos
concordam o tema é enfadonho pelo lenga-lenga nos acontecimentos, a
maioria dos maus políticos e gestores acaba escapando ou mesmo após de julgados
e presos são soltos rapidamente. É uma lástima. A população tentando sair da
crise, melhorar, trabalhar e, por outro lado, os políticos preocupados em se
livrar das acusações de ilicitudes diversas, os gestores loteando cargos
públicos em troca de votos, comprando a liberdade de políticos envolvidos com
ilícitos através de votações espúrias, com muito dinheiro em emendas
parlamentares.
Em todos os setores controlados pelo Estado nós
encontramos muitas falhas. Basta uma rápida olhada para a área da Saúde, da
Segurança Pública, Educação, para ver o quanto estamos dominados. O crime
organizado começa a expandir os seus domínios por todo o país. Assaltos a
bancos, homicídios, chacinas, tráfico de drogas, acontecem cada vez mais em uma
escalada vertiginosa, tanto que a polícia se encontra em desvantagem de
pessoal, de equipamentos, armamentos e de leis que a resguarde para que possam
agir. O Estatuto do Menor é uma brincadeira, pois serve de incentivo ao crime e
dá asas à impunidade. O Estatuto do Desarmamento impede que cidadão de bem
possam exercer o seu direito à defesa. Assim, os criminosos agem na certeza de
que a polícia não os conseguirá deter e que sempre encontrarão cidadãos comuns
indefesos.
O tal do foro privilegiado é em nosso entender
um entrave para a moralidade, para o bom andamento da justiça e principalmente
para a Constituição Brasileira, que diz claramente que todos os brasileiros são
iguais perante a lei.
No Brasil, a Constituição
Federal de 1988, previu o princípio da igualdade de forma expressa em seu art.
5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade […]”. Mas todos nós sabemos que isso na realidade não funciona.
Aqueles que possuem mais dinheiro ou poder conseguem sempre todos os inúmeros
benefícios que a lei concede para todos, usam os recursos de forma a terem, por
muitas vezes, o seu processo extinto, melhor dizendo, prescrito. E outras
pessoas, por não possuírem altos cargos, poder, prestígio ou simplesmente muito
dinheiro, são condenados rapidamente ou ficam jogados no falido sistema
prisional brasileiro, passando muitas vezes anos na prisão sem ter acesso
nenhum à defesa.
O maior dos problemas,
entretanto, está centrado na classe política, que detém o direito de legislar
(muitas vezes em causa própria). O número excessivo de políticos e suas
estruturas em todo o país representam despesas incalculáveis, que nada condizem
com as possibilidades do Brasil. E mesmo assim parece (entre eles, políticos)
que nada está ocorrendo neste sentido. Pelo contrário, aumentam as benesses,
usam os jatinhos da Força Aérea Brasileira como os cidadãos utilizam táxis, com
a diferença de que os cidadãos pagam os transportes.
As reformas propostas, quando sérias, são
esvaziadas rapidamente pelos políticos. Neste ano de 2018 podemos adiantar um
quadro de muita movimentação pelo interesse das eleições, nada mais. E aliado a
este conjunto todo teremos o Carnaval, a Copa do Mundo, mais de 16 feriadões
para amenizar a “crise”...
Como esperança temos a justiça, que através da
operação Lava-Jato, Ministério Público, Polícia Federal, têm se esforçado muito
para mostrar e fixar na mente do brasileiro que houve mudanças. Pelos menos com
alguns, das centenas de criminosos de colarinho branco, devidamente enjaulados
como merecem estar.
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